segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O Peso da Solidão


Hoje me coloquei a frente a um espelho e nele olhei bem dentro de meus olhos, tentei enxergar minha alma olhando bem dentro deles, minha vida tentei analisar olhando bem dentro deles.
 Cobrei de mim mesmo todos os meus passos, todas as minhas atitudes e questionei todos os meus erros. Olhando em meus olhos, revivi em minha mente toda trajetória de minha vida, revi rostos de amigos que se foram , de mulheres que conheci, revi todas as minhas paixões, paixões que vivi.
 Olhando dentro de meus olhos descobri uma alma angustiada, vi no espelho, um rosto envelhecido, um corpo cansado, mais senti que meu coração apesar de tudo, continuava puro, bom. Olhando nos meus olhos, expondo minha realidade, uma lagrima umedeceu minha face, pois vi nos meus olhos minha real realidade, de homem solitário.

 Não queria minha vida assim, estar assim, me sentindo solitário, queria ter tido meus sonhos realizados, minhas fantasias as ter vivido, e com uma lagrima lamentei o não saber ter guiado minha vida.
 No espelho olhando dentro de meus próprios olhos enxerguei o mal que fiz a mim mesmo, ao não ter conduzido minha historia de vida dentro do bom enredo que continha meus desejos em sonhos.
Meus cabelos embranquecidos, minha pele envelhecida, meus sonhos esquecidos, engolidos pelo tempo, pelos anos de uma vida mau vivida onde me agarrei a tantas futilidades que me esqueci de viver de fato minha vida.
 Uma lagrima de meus olhos rolaram pôr minha face, lagrimas do mais puro do arrependimento, lagrima de lamento, pois não posso voltar la atrais.
 E no espelho olhando dentro de meus olhos vi que não a como voltar no tempo, e que o tempo e meu inimigo e me tirou todos os sonhos, me deixando simplesmente vazio.
 Esta e a realidade de minha vida, e a minha vida dentro dos tempos de agora, solitário me sinto, me encontro vivendo dentro de um corpo envelhecido, carregando o peso de tantos momentos maus vividos, de tantas más escolhas dentro destes meus tempos de vida.
 Uma única lagrima se perde em meu rosto, pois meus olhos que tanto já viram, agora olhando dentro deles mesmo, descobriram o quanto foi injusto com meu corpo, com minha vida de ter ignorado os sonhos, os bons sonhos pra viver futilidades.
 Hoje aqui agora olhando bem dentro desses meus velhos olhos, conseguir enxergar a angustia de ume alma que de frente com sua realidade, se depara com a mais pura das verdades, nunca teve de fato o abraço da felicidade. Olhando dentro destes meus olhos vejo a angustia de ume alma, minha alma, sentindo o peso da solidão.